Dia Mundial da Alfabetização: educação e desenvolvimento
A alfabetização é a chave para a educação, as habilidades que ela proporciona representam uma porta de entrada para o conhecimento. E ele, por sua vez, está diretamente relacionado ao desenvolvimento individual e de uma sociedade. Não à toa os países com melhor qualidade de vida – como Canadá e Noruega – aparecem também no ranking de países que mais investem em educação. Devido a essa importância, comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização em 8 de setembro.
A data foi instaurada pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 1996. O objetivo é fomentar o processo de alfabetização a nível mundial. Com o mesmo intuito, o Brasil comemora o Dia Nacional da Alfabetização em 14 de novembro. Contudo, a data também é uma homenagem à criação dos antigos Ministérios da Educação e da Saúde Pública a partir do Decreto de Lei nº 19.402.
O que a alfabetização representa?
Chamamos de alfabetização o processo no qual se desenvolve a habilidade de ler, compreender e escrever. O aprendizado, no entanto, não deve ser reduzido apenas a codificação e decodificação de símbolos. Seja para entender um contrato ou uma receita médica, a alfabetização diz respeito ao acesso a um código de comunicação com o meio. Sendo assim, quando concluída de forma adequada, ela garante ao indivíduo a possibilidade de exercer plenamente a sua cidadania.
A dificuldade em interpretar e criticar, em contrapartida, é classificada como analfabetismo funcional. Esse termo se refere a condição em que o indivíduo reconhece letras e números, mas não consegue compreendê-los para além disso.
Alfabetização em números
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) reforça que é direito de todo ser humano ter acesso à alfabetização e educação de qualidade, uma vez que ela amplia as possibilidades de desenvolvimento que interferem na emancipação do indivíduo. Por isso, a educação de qualidade é o quarto dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2019, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade é de 6,6% (11 milhões de analfabetos) enquanto a de 2018 foi 6,8%.
Contudo, a pesquisa realizada pela organização Todos Pela Educação traz dados preocupantes. De acordo com os resultados, o número de crianças de seis e sete anos no Brasil que não sabem ler e escrever cresceu 66,3% de 2019 para 2021. Esses dados explicitam um dos efeitos da pandemia de Covid-19 no ensino brasileiro. Além disso, as desigualdades sociais e étnicas do país se refletem nos números. Quando avaliados os domicílios ricos do país, o índice é de 16,6%. Já entre os pobres, o número salta para 51%. Por último, 47,4% das crianças pretas não estão plenamente alfabetizadas; entre as pardas o índice é 44,5%. Já entre crianças brancas, o número atual é de 35,1%.
Nunca é tarde para aprender!
A Secretaria de Educação da cidade de Cruzeiro está realizando um projeto de alfabetização para idosos. Essa iniciativa acontece em parceria com a Instituição de Longa Permanência São Vicente de Paulo. As atividades estão conectadas ao Programa EJA (Educação de Jovens e Adultos), contudo, os métodos do EJA foram adaptados à realidade dos novos alunos. O projeto tem como objetivo oferecer para esses idosos a possibilidade de continuar a sua formação educacional, bem como proporcionar socialização. Sendo uma inspiração para esse Dia Mundial da Alfabetização!
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