Round 6: crianças assistem à série e despertam alerta

A série sul-coreana Round 6, da Netflix, se tornou uma febre em todo o mundo. Ela já foi assistida por mais de 111 milhões de pessoas desde seu lançamento. Mas apesar do cenário lúdico e dos desafios da trama serem jogos infantis, essa não é uma série para crianças. 

A classificação indicativa é para maiores de 16 anos. Porém, jovens e até mesmo crianças de sete anos têm acompanhado o seriado e repercutido as brincadeiras na vida real. Nesse sentido, acende-se o alerta: como orientar nesses casos? Até que ponto proibir o meu filho (a) de assistir certas coisas é a melhor opção? Qual é o papel da escola?

O enredo mostra pessoas muito endividadas que aceitam participar de uma série de desafios, com a possibilidade de ganhar uma grande quantidade de dinheiro. Porém, há um detalhe: os participantes que não se saem bem nas provas são mortos. 

Sendo assim, a série claramente é para adultos. E, ainda faz críticas sociais trazendo temas como violência, tráfico de órgãos e suicídio, que ultrapassam do entendimento dos pequenos, já que as crianças ainda estão formando a sua autonomia intelectual. Inclusive, muitas vezes, elas têm dificuldade de diferenciar o que é realidade e o que é fantasia.

Papel da escola

No Rio de Janeiro, uma escola emitiu um comunicado aos pais e alunos alertando sobre o conteúdo inadequado da série. A mesma coisa aconteceu em uma escola no Distrito Federal e no Ceará. 

Cabe lembrar que a repercussão de Round 6 não é um fato isolado. Em outras produções que tiveram grande sucesso como, por exemplo, The Walking Dead, com classificação de 16 anos, muitos jovens e crianças assistiram a série. Portanto, o ideal é que os pais tenham esse controle e orientem sobre o que é adequado que o pequeno assista.

A escola pode observar e transmitir aos pais o que vem acontecendo, mas verificar o que as crianças consomem é responsabilidade dos pais. 

Papel dos pais

  • Conferir sempre o que a criança está assistindo: você pode acessar o histórico do aplicativo para verificar o que foi visto anteriormente.
  • Muito diálogo: esteja sempre aberto para conversar e explicar ao seu filho o porquê de você ter tomado aquela decisão com ele.
  • Classificação indicativa: o Ministério da Justiça orienta as produções audiovisuais com um guia prático de classificação indicativa antes de elas serem distribuídas digitalmente. Fique sempre de olho.
  • Na TV aberta: cenas inadequadas para menores de 16 anos costumam ser veiculadas em horários específicos. Portanto, cabe aos pais o monitoramento da criança para que ela não tenha acesso aos canais de tv nesse período.

E, em último caso, você, pai, mãe ou responsável, pode fazer uma espécie de curadoria da série ou outro conteúdo que seu filho (a) queira assistir. Para filtrar o que ele pode e não pode ver nos episódios. Ou, sugerir outros filmes que vocês possam ver juntos e discutir sobre as temáticas abordadas. Por fim, é legal sempre frisar sobre a importância da classificação indicativa.

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