Como a primeira infância influencia na formação dos estudantes

No dia 24 de agosto é comemorado no Brasil uma fase cheia de descobertas, imaginação e criatividade! O Dia da Infância traz luz para um tema importante na sociedade: promover uma reflexão sobre as condições de vida dos pequenos ao redor do mundo.


Você sabia que há um período na vida de cada ser humano que faz toda a diferença na sua formação? Isso mesmo! Esse momento é chamado de primeira infância e corresponde ao pré-natal até o sexto ano de vida da criança. Logo, o desenvolvimento afetivo, social e físico dos pequenos nos seus primeiros anos de vida tem impacto direto no adulto que se tornarão.
É nesse período também que o cérebro começa a reagir de maneira mais rápida aos estímulos, já que 90% das conexões cerebrais são estabelecidas até essa fase. São milhares de conexões entre neurônios por segundo. Sendo assim, as interações sociais contribuem para impulsionar a atividade cerebral. É comprovado ainda que o cérebro humano é plástico o suficiente para possibilitar o aprendizado até o fim da vida. Porém, o ritmo de assimilação dos conteúdos diminui consideravelmente após a primeira infância.
É natural ver uma criança brincando, pulando e sorrindo, mas, infelizmente, a realidade em alguns lugares podem ser um pouco diferente. No Brasil, há muitas crianças em situação de vulnerabilidade social. De acordo com a Fundação Abrinq, em 2021, 45,4% de crianças de 0 a 14 anos vivem em situação de pobreza.
Por isso, quanto mais cedo se investir no desenvolvimento da criança, maior será o retorno para ela mesma, assim como para a sociedade. Dessa maneira, se ela recebe amor, é amor que irá refletir e internalizar. Mas, se o ambiente em que vive for hostil e disfuncional, ela pode ter dificuldades de adquirir emoções positivas, o que poderá prejudicar no seu desenvolvimento e até criar traumas que serão refletidos na forma como ela enxerga e reage às atividades do dia a dia.
Além disso, uma boa relação emocional entre pais e filhos faz toda diferença lá na frente. Haja vista que ao compreender o seu espaço e entender os seus limites, as crianças aprendem a regular suas emoções, explorar o mundo com confiança e se comunicar de maneira efetiva.


Crianças que recebem afeto se tornam adultos positivos e seguros
Seja na escola ou em outros ambientes sociais, toda a bagagem que o pequeno recebeu nos primeiros anos de vida serão postos a prova. A forma como o colega o respondeu ou uma situação em que ele precisa tomar uma decisão será de sua responsabilidade. Portanto, as crianças que tiveram um bom suporte têm mais chances de serem adultos positivos e seguros, promovendo respeito, empatia e senso de convivência.
Desse modo, é essencial que pais, cuidadores, professores e todos que participam efetivamente da vida dos baixinhos estejam conscientes de seus papeis tanto no desenvolvimento cognitivo, quanto no social e intelectual.
Em resumo, uma primeira infância com cuidados, amor, estímulo e interação pavimenta o caminho para que a criança aproveite todo seu potencial. Nasce um adulto mais saudável e equilibrado. E prospera uma sociedade com os mesmos valores.

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