Discriminação e intolerância na escola: A ausência da prática da virtude

A discriminação e intolerância na escola está relacionada ao preconceito e desenvolve-se a partir do momento em que, após pautar-se em ideias pré-concebidas na mente, acredita-se cegamente que estas definem o outro. No ambiente escolar, aqueles que propagam a discriminação estão repletos destas ideias e acreditam ter o direito de menosprezar, diminuir, ridicularizar, excluir ou agir de forma tóxica contra o seu próximo. Edmund Husserl, filósofo alemão, argumentou que o ser humano necessita de uma abstenção do julgar para que possa realmente compreender (Epoché).

Ambiente Escolar

 Para que o ambiente escolar seja livre de atos discriminatórios, faz-se necessário elucidar a importância de compreender e respeitar o outro e, para isso, deve-se suspender o julgar. Deve-se, primeiramente, conhecê-lo e, desta forma, compreender que o diferente não é melhor e nem pior, apenas diferente. Segundo Merleau Ponty, filósofo francês, ao perceber o outro, pode-se estabelecer uma comunicação havendo a possiblidade de diálogo. Na Grécia Antiga, após ser julgado e condenado à morte injustamente, Sócrates foi convidado a fugir, mas ele prontamente recusou e argumentou que não se paga a maldade com a maldade, ou seja, não se deve reproduzir atos que são condenáveis.

Na escola, deve-se fomentar o combate ao preconceito e a promoção da tolerância de forma respeitosa. Deve-se fazer da virtude um hábito; deve-se praticá-la.

Devemos sempre mostrar as diferenças e ensinar nossos alunos a compreender culturas, formas, escolhas de cada um, respeitando sempre o indivíduo, de forma igualitária.

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