Qual o papel da escola no combate ao racismo?
O dia 21 de março foi instituído, em 1966, pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória do massacre de Shaperville, em Johanesburgo, África do Sul, ocorrido em 1960, quando 69 pessoas foram mortas pelo exército e outras 186 ficaram feridas.
Sabemos que o preconceito e o racismo ainda são muito presentes em nossa sociedade, que ainda carrega traços da colonização do país. Por isso, a nossa maior chance de fazer com que ele acabe é por meio da educação. A escola tem um papel fundamental na busca por uma educação justa e consciente.
Fazer com que alunos, professores, pais e o próprio ambiente escolar compreendam melhor sobre o assunto étnico-racial, visando a conhecer as causas e as consequências sobre tudo que permeia o combate ao racismo. Entender que o Brasil carrega uma rica história além do que conhecemos, do que nos foi passado por meio de uma visão etnocêntrica, é muito importante para desconstruir parte do preconceito que ainda permeia nosso cotidiano.
A desconstrução do preconceito na prática
Devemos encontrar um meio de unir o conhecimento e o entendimento sobre a nossa rica cultura. A educação pode e deve intervir justamente na visão que se tem da cultura africana, que limita-se à relação da figura do negro como escravo. Isto, além de ser um estereótipo, traz uma visão muito limitante sobre uma cultura que é tão parte do Brasil como o seu próprio início.
A ideia não é negar a escravidão, mas não focar somente nesta parte da história, buscando valorizar e trazer para a sala de aula o reconhecimento da cultura, da religiosidade, entre outros pontos tão importantes e ricos que também compõem a nossa história.
A sala de aula deve ser um espaço de diálogo, permeando leis que buscam combater o preconceito racial nas escolas – já que todos precisam ser ensinados sobre as mesmas. É fundamental que isso faça parte da rotina dos alunos com atividades e questões práticas para serem transformadas em atitudes diárias.
A educação tem como fundamento a transformação da consciência por intermédio do conhecimento, a análise e a capacitação de pensar sobre a cultura do outro, podendo, assim, formar o entendimento da diversidade e do caminho para a desconstrução do preconceito.
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